Alguém...

Ouço sempre as pessoas falarem sobre a solidão, sobre o quanto é ruim estar sozinho, e que querem encontrar, arranjar alguém. E é justamente o “arranjar”, particularmente, que me soa muito estranho. Não consigo entender as coisas desse modo.

É claro que todos, se não, a grande maioria, desejam estar com alguém, aquela pessoa especial, que te faça estremecer ao chegar perto e ver estrelas, que te desperte interesse, paixão, desejo, amor. Mas quando ouço o “arranjar alguém”, parece que toda essa magia some, que o que importa é encontrar, de qualquer jeito, em qualquer lugar que seja, não interessa o jeito que for. Parece necessidade, algo que precisa ser suprido.

Quem procura acha, já dizia o ditado, mas acha o quê? Será que aquilo que tanto deseja, ou aquilo que parece ser algo que satisfaça? E se satisfaz, satisfaz até onde? É porque existe sentimento, ou é porque finalmente se encontrou alguém?

Perguntas, perguntas, perguntas...

Posso dizer que, as pessoas mais interessantes que conheci até hoje, foram aquelas que surgiram de forma totalmente inesperada em minha vida. O “sabor” de situações assim é indescritível e inesquecível.

Acredito que quem não sabe ou consegue viver sozinho, dificilmente consegue dividir a vida com outra pessoa. O que realmente importa é se gostar, se mimar, aprender a se conhecer melhor, curtir passar um tempo só consigo mesmo, e principalmente se amar. Se amar acima de tudo e de qualquer coisa, apreciar o que a vida nos oferece de bom.

E aí, quando agente menos espera, simplesmente se depara com alguém, aquele alguém especial...