terça-feira, 29 de setembro de 2009

Cadê?

Existem coisas que sempre vão estar lá, de qualquer maneira, não importa o que aconteça. É dificil admitir isso, essa consciência é complicada e traz sensações à tona que já não se esperava.
Nunca mais se irá a determinados lugares sem lembrar, nunca mais se verá determinadas situações do mesmo jeito, algumas músicas se tornarão difíceis de ouvir. Por mais que se busque um racional entendimento, muito do que aconteceu simplesmente não tem explicação. Onde foi parar tudo o que existia? Desapareceu? Se transformou? Por muito tempo acreditei que era uma questão de vontade, no caso, de falta de vontade, cansaço, por inúmeras razões, que nem teria como enumerar. O que me apavora é, de repente cogitar a possibilidade de que simplesmente talvez tenha acabado. Como assim? Nunca pensei que se perderia, que fosse possível existir algo capaz de destruir o que existia. Fico eu pensando, imaginando e sentindo, e não sei se do outro lado existe sequer a lembrança.
Racionalizo, racionalizo, e mesmo assim ainda falta uma parte, essa parte dói, dói de um jeito que nunca imaginei ser possível.
Então quer dizer que é isso? É assim que funciona? Que medo se for, medo de deixar de acreditar, de começar a pensar até que ponto tudo vale, se é para, de uma hora pra outra, tudo se perder.
A teoria eu sei de cor, o mais sensato também, mas como é difícil colocar em prática...
Tudo o que eu queria hoje era uma conversa franca, acompanhada daquele olhar, aquele que me faz uma falta louca, um abraço, um carinho, uma promessa de tentativa, de vida nova, vinda de dentro, vinda do coração. Aquela segurança que me permitia sonhar e fazer planos, saber que fosse o que houvesse, restaríamos nós, porque era forte, era bonito, era verdadeiro. Onde foi parar?

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